Publicação da RCA é lançada durante Formação em gestão territorial no Xingu

 Durante o quarto módulo da Formação sobre Território e Serviços Socioambientais, realizado na Coordenação Técnica Local Diauarum, no Parque Indígena do Xingu (MT) em maio e junho,  foi lançado o livro Gestão territorial e ambiental em terras indígenas da Amazônia brasileira: os percursos da Rede de Cooperação Alternativa.

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Trata-se do  primeiro livro organizado pela RCA e os participantes, jovens xinguanos, receberam exemplares, que servirão como material de apoio a eles. Focado na experiência das organizações que compõem a RCA, o ISA entre elas, de realizar intercâmbios interculturais, a publicação sistematiza discussões ocorridas durante três viagens organizadas especificamente para tratar do tema da gestão ambiental e territorial das terras indígenas.

A Formação sobre Território e Serviços Socioambientais no Xingu está sendo realizada pelo ISA e a Associação Terra Indígena Xingu (Atix), desde novembro de 2011, com apoio da Fundação Rainforest da Noruega e do Fundo Vale. O módulo encerrado em junho foi o quarto de um total previsto de seis. A ideia da Formação está centrada na construção de políticas para viabilizar a gestão do Território Indígena Xingu. Espera-se que até 2014, prazo de término do projeto, esses jovens indígenas possam se apropriar de conceitos, temáticas ou problemáticas relacionadas à sustentabilidade do Parque Indígena do Xingu (PIX). Nesse sentido, a Formação envolve estratégias para ampliar as possibilidades de diálogo entre os povos do PIX, e com os brancos, potencializando e viabilizando a construção de políticas.

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A Formação se constitui de encontros de vinte dias, realizados duas vezes ao ano, no formato de roda de conversas, onde se discutem diferentes temas, com o apoio de colaboradores indígenas (lideranças, caciques, pajés, professores, xinguanos ou não xinguanos, ao lado dos participantes) e não indígenas. Todos contribuem na composição do programa a partir de suas áreas de atuação (linguística, antropologia, política indígena e indigenismo, biologia, ecologia, filosofia e direito entre outras). Mediadores/tradutores entre o mundo indígena e o mundo branco, os participantes da formação buscam ampliar nos encontros as percepções da articulação dos conhecimentos dos brancos sobre alguns temas, com os conhecimentos elaborados em suas comunidades.

O quarto módulo contou com a participação de 35 indígenas de 13 etnias e destacou o processo de regulamentação da Convenção 169 da OIT com a presença de representantes da Secretaria Geral da Presidência da República. Também foram debatidos temas da economia indígena e a circulação do dinheiro no Xingu. Os participantes puderam entender melhor as ameaças e situações de risco que afetam toda a região, e utilizando como ferramenta o mapeamento de ameaças, puderam exercitar a coleta de dados e de informações do GPS.

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A RCA tem como missão promover a cooperação e troca de conhecimentos, saberes, experiências e capacidades entre as organizações indígenas e indigenistas que a compõem, para fortalecer a autonomia e ampliar a sustentabilidade e bem estar dos povos indígenas no Brasil.