Oficina Marco Lógico 2007, Resultados

Por Luciano Padrão*

Entre os dias 03 e 06 de setembro de 2007, foi realizada a segunda oficina sobre o método Marco Lógico, no Centro de Formação Povos da Floresta da Comissão Pró-Índio do Acre (CPI/Acre), na cidade de Rio Branco.

foto kristian bengtson

Assim como a primeira oficina, realizada em Goiás Velho, em agosto de 2006, esta foi uma iniciativa conjunta da Agência Norueguesa para Cooperação Internacional (Norad), da Embaixada da Noruega, da Fundação Rainforest da Noruega (RFN) e da Rede de Cooperação Alternativa Brasil (RCA Brasil).

A oficina reuniu 30 representantes de 15 organizações parceiras de Norad, da Embaixada da Noruega, da RFN e RCA Brasil, sendo 11 organizações de representação de povos indígenas e 4 organizações não governamentais voltadas para a questão indígena. A oficina buscou fornecer subsídios aos participantes sobre dois momentos importantes que compõem o ciclo de gerenciamento de projetos:

– A fase preparatório ou de análise, que está voltada para levantamento de informações sobre a situação onde se busca intervir. Os participantes puderam treinar alguns instrumentos importantes preparatórios à intervenção, como mapa de atores envolvidos, árvore de problemas e pirâmide de objetivos.

foto eli sletten

– A fase de planejamento ou de desenho está voltada para o processo de elaboração de um projeto utilizando as informações levantadas no momento anterior. Por meio de uma série de dinâmicas, os participantes refletiram sobre objetivo geral e específico, assim como sobre os demais componentes de uma matriz de Marco Lógico: resultados, atividades, indicadores e fatores externos.

foto kristian bengtson

A oficina priorizou atividades práticas em equipes valendo-se de técnicas de visualização. Essa abordagem, segundo avaliação dos participantes, tornou possível uma animada dinâmica de reflexão coletiva e uma motivação a todos de partilhar essa experiência junto a suas organizações. A oficina foi facilitada por Luciano Nunes Padrão e Eli Koefoed Sletten.

Veja mais fotos da Oficina, clicadas por Eli Sletten e Kristian Bengtson, aqui.

Marco Lógico 2007 II

*Luciano Padrão, Especialista em Planejamento e Avaliação, coordenador pedagógico da Oficina Marco Lógico

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Oficina Marco Lógico 2007, Notícias

fotos josé ifran

O segundo módulo da oficina de capacitação em Método Marco Lógico de planejamento, monitoramento e avaliação, aconteceu nos dias 3 a 6 de setembro de 2007, no Centro de Formação dos Povos da Floresta, Rio Branco, Acre.

Somando 30 alunos, participaram dois representantes de cada uma das seguintes organizações indígenas e indigenistas:
APINA, Conselho das Aldeias Wajãpi
APIZ, Apiz, Associação do Povo Indígena Zoró-Pangyjej
ATIX, Associação Terra Indígena Xingu
CCPY, Comissão Pró-Yanomami
CIR, Conselho Indígena de Roraima
COIAB, Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia do Brasil
CPI/AC, Comissão Pró-Índio do Acre
CTI, Centro de Trabalho Indigenista
FOIRN, Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro
FÓRUM PAITER SURUÍ, Fórum das Organizações do Povo Paiter Suruí de Rondônia
HUTUKARA Associação Yanomami
IEPÉ, Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena
INBRAPI, Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual
OPIAC, Organização dos Professores Indígenas do Acre
UNI-TEFÉ, União das Nações Indígenas de Tefé
RCA Brasil, Rede de Cooperação Alternativa Brasil

A Oficina sobre o Método Marco Lógico, já em sua segunda edição, é uma iniciativa de sucesso da parceria entre a Agência de Cooperação da Noruega (Norad), a Rainforest Foundation da Noruega (RFN) e a Rede de Cooperação Alternativa Brasil (RCA Brasil), conta com a coordenação geral de Kristian Bengtson (Norad) e Leila Soraya Menezes (RCA Brasil), a assistência de José Ifran Silva (RCA Brasil), e a coordenação pedagógica de Luciano Padrão e Eli Sletten (Norad).

Ponto alto da Oficina Marco Lógico 2007, os alunos se encontraram com a Presidente da Fondation France Libertés, Danielle Mitterrand, que esteve no Centro de Formação dos Povos da Floresta para assinar um importante Convênio com o Governo do Estado do Acre.

A Fondation France Libertés, na pessoa de sua presidente, assinou com o governador Binho Marques, um convênio que ajudará o governo do Acre a criar uma fórmula para calcular o Índice de Desenvolvimento Ambiental e Cultural dos Povos. A assinatura aconteceu no Centro de Formação dos Povos da Floresta, sítio da Comissão Pró-Índio (CPI/AC).

Veja as fotos da Oficina Marco Lógico 2007 aqui:

Marco Lógico 2007

Resultados do Encontro Macapá

O “Encontro Macapá: Experiências Indígenas de Pesquisa e Registro de Conhecimentos Tradicionais”, realizado pela Rede de Cooperação Alternativa –RCA Brasil, com organização do Iepé – Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena, ocorreu entre os dias 18 e 23 de junho, na Fortaleza São José de Macapá, Amapá.

O Encontro Macapá contou com a presença de mais de 60 participantes, representando 31 organizações indígenas, organizações de apoio aos índios, órgãos governamentais e organismos internacionais. Ao todo, 21 povos indígenas estiveram representados.

Seguindo a programação planejada para o Encontro, os trabalhos foram desenvolvidos por meio de apresentações de experiências, palestras, discussões em grupos e apresentações plenárias. Ao término do Encontro, aprovou-se a indicação de construção de três documentos:

a) documento registro das discussões realizadas;

b) documento público sintetizando as principais conclusões do mesmo e com sugestões para incentivo e apoio à pesquisa e registro de conhecimentos tradicionais pelas políticas públicas; e

c) documento manifesto ao Ministério da Educação pela continuidade do apoio financeiro aos programas de formação de professores indígenas.

Veja fotos do Encontro Macapá aqui:

Encontro Macapá I

Uma estratégia para a Amazônia

Fonte: RCA/ ISA

Desafios do Corredor Acre-Javari
Presença e proteção de índios isolados, pressão de exploração madeireira, garimpo, prospecção de petróleo e gás e Terra Indígena em faixa de fronteira, são alguns dos desafios a serem enfrentados por CPI/AC, Opiac e CTI. CPI/AC investirá no seu fortalecimento institucional e em ações que já realiza: programa de manejo e proteção, ações transfronteiriças, política de entorno, funcionamento do fórum de integração regional Acre-Ucayali, e publicação de etnomapas, difusão de metodologia (etnomapeamento), publicações de ações paradidáticas. E CTI atuará nas áreas de fronteira e proteção da floresta tropical, realizando capacitações, reuniões, documentação, para se chegar até o final do ano com ações e tarefas consolidadas e redes articuladas.

Desafios do Corredor Norte
Foirn, ISA e CCPY, juntos buscam: aproximação do Programa ISA Rio Negro com a CCPY, plano de gestão integral de toda região, direitos e criação de território Yanomami na Venezuela, alternativas econômicas no Alto Rio Negro.

Desafios do Escudo das Guianas
Iepé busca seu fortalecimento para estabelecer diagnósticos e estudos regionais. Proposição de políticas públicas. Discussão de legislação indigenista. Tentativa de criação de uma rede transfronteiriça, gestão compartilhada, articulação regional. O Amapá possui presença marcante de grandes organizações ambientalistas que podem vir a compor uma rede transfronteiriça: gestão compartilhada do entorno das áreas indígenas, projeto de gestão de mosaico.

Desafios do Corredor da Bacia do Xingu
A Bacia do Xingu é um mosaico de 27 milhões de hectares de áreas protegidas, dois biomas, Cerrado e Amazônia, 19 povos indígenas. Atix e ISA juntos buscam a sustentabilidade das TIs, proteção, fiscalização, fortalecimento das terras indígenas, segurança alimentar, valorização cultural, educação, além da criação de mecanismos e parâmetros para a gestão integrada de Corredores. Temas importantes: Serviços Ambientais. Responsabilidade Socioambiental Compartilhada. Ordenamento Regional. Clima. Biodiesel. Rota de Monocultura. Gestão de mosaico, gestão de corredor.

Desafios do “Corredor” Timbira da Bacia do Tocantis
As terras indígenas Timbira possuem praticamente a mesma ordem de problemas porque passa hoje o Xingu: estrangulamento de nascentes, avanço da monocultura da soja, grandes projetos de infra-estrutura, além de serem terras atingidas por barragens que estreitam os espaços para os indígenas. Importância estratégica a ser destacada: as terras Timbira situam-se na fronteira externa do bioma da Amazônia no Brasil, em zona de transição entre a Amazônia e o Cerrado, na região de ecótono. Sofrem ainda com a diminuição do número de escolas nas aldeias e possível prospecção de petróleo em área indígena. Wyty-Catë e CTI, apoiados pela RCA Brasil, buscarão enfrentamento desses desafios.

Vejas as fotos do EAR Extraordinário e da Reunião de RFN com parceiros no Brasil (quando consolidamos a estratégia da Rede para a Amazônia), aqui:

Parceiros no Brasil

Rede de Cooperação Amazônica

A RCA tem como missão promover a cooperação e troca de conhecimentos, saberes, experiências e capacidades entre as organizações indígenas e indigenistas que a compõem, para fortalecer a autonomia e ampliar a sustentabilidade e bem estar dos povos indígenas no Brasil.