RCA participa do II Encontro de Mulheres Indígenas do Amapá e Norte do Pará

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Representantes de cinco organizações indígenas da RCA – Francisca Arara e Edileuda Shanenawa – OPIAC, Almerinda Lima Tariana e Adelina Dessana – FOIRN, Lucila Souza e Lucimeiry Silva Wapichana– CIR, Cleide e Luzinda Mayuruna – OGM e Kuiaiú Yawalapiti – Associação Yamurikumã das Mulheres Xinguanas, indicada pela ATIX, acompanhadas pela representante da secretaria executiva da RCA, Patricia Zuppi – participaram do II Encontro de Mulheres Indígenas do Amapá e Norte do Pará, que aconteceu de 18 a 20 de outubro em Macapá/AP. Com o tema voltado para “alimentação, práticas agrícolas e gestão territorial”, o evento produzido pelo Iepé em parceria com a RCA, Funai e com o apoio da Fundação Moore, Rainforest Foundation e Embaixada da Noruega, contou com a participação de mais de 50 mulheres de 20 povos indígenas diferentes e parceiras do Iepé e Funai.

As convidadas da RCA e do Movimento Nacional de Mulheres Indígenas – Nara Baré – COIAB, Angela Kaxuyana – Aikatuk e FEPIPA e Marluce Mura – AMIRMO, foram recebidas na noite do dia 17 pelas representantes indígenas da região do Amapá e Norte do Pará: as Wajãpi; as Galibi, Galibi-Marworno, Karipuna e Palikur, do Oiapoque; e as Wayana, Aparai, Tiriyó, Katxuyana e Txikyana, do Tumucumaque.

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Representantes Wajãpi (Apina) recebem as convidadas da RCA de outras regiões da Amazônia

Ao longo dos três dias de encontro as mulheres trocaram experiências sobre suas concepções de bem viver ligadas à alimentação, práticas agrícolas e gestão territorial, como o manejo e a escolha do local das roças, a diversidade de alimentos que cultivam e seus modos próprios de produção, e os desafios atuais que têm percebido na continuidade das práticas tradicionais de alimentação saudável. Foram realizadas também trocas de sementes, mudas e alimentos, assim como a exibição de filmes dos vários povos presentes, acompanhados de conversas e intercâmbios culturais com cantos e danças.

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Além das visões femininas ligadas aos modos de vida e gestão do território, entraram  também na pauta das discussões outros assuntos relativos aos interesses atuais das mulheres indígenas, como a importância na vida em suas comunidades, a violência contra a mulher indígena, a participação no Movimento Nacional Indígena e os desafios e ambiguidades que envolvem a vida na cidade.

A participação neste encontro marca o início das ações da RCA voltadas especificamente para o contexto das mulheres indígenas, que contemplem seus pontos de vista, desafios e pensamentos no que se refere aos temas de trabalho da RCA.

Click aqui para acessar a matéria no site do Iepé.

Acesse as imagens do II Encontro de Mulheres Indígenas do Amapá e Norte do Pará no Facebook da RCA.

RCA realiza Oficina de Cartografia Indígena

 

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“Eu nunca tinha feito um mapa com minhaimg_1711s próprias mãos. Sei mexer com todos os equipamentos tecnológicos, mas desenhar mesmo é a primeira vez. Gostei muito. É diferente. Quando desenhamos os mapas, não é só um trabalho com as mãos, tem todo um conhecimento que vem, são as histórias do nosso povo que aparecem.” (Maurício Yekuana/Hutukara)

Entre os dias 19 a 24 de setembro de 2016, a Rede de Cooperação Amazônica (RCA) realizou a Oficina de Cartografia Indígena, em Brasília-DF, ministrada pelo geógrafo Renato Gavazzi, da equipe da Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre). Esta oficina dá continuidade às ações da RCA voltadas à formação de representantes indígenas na temática de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas. Participaram da oficina representantes de treze povos distintos, membros das organizações indígenas Apina, AMAAIAC, ATIX, CIR, FOIRN, Hutukara, OGM e Wyty Cate. Contabilizando uma carga horária de 48 horas/aula, o grupo trabalhou ao longo dos seis dias divididos entre intercâmbios e discussões sobre as questões que envolvem a elaboração dos PGTAs em suas regiões, com a socialização das diferentes experiências prévias de mapeamento ambiental e territorial desenvolvidos em cada contexto com seus parceiros, e atividades de elaboração de mapa mental e diagnóstico socioambiental das respectivas TIs e de seus entornos.

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Organizações da sociedade civil preparam relatório para ONU sobre a situação dos povos indígenas no Brasil

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Entre os dias 01 e 02 de setembro de 2016, organizações indígenas, indigenistas e de direitos humanos estiveram reunidos em Brasília para avaliar a situação dos direitos humanos dos povos indígenas no Brasil. A oficina, convocada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Rede de Cooperação Amazônica (RCA) e Plataforma DHesca de Direitos Humanos, reuniu  representantes de 26 organizações não governamentais para avaliar a situação dos direitos humanos dos povos indígenas e discutir estratégias para aprimorar a proteção desses direitos no contexto do terceiro ciclo de avaliação do Brasil pelo Mecanismo de Revisão Periódica Universal da Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas.

A oficina resultou num documento que foi encaminhado para o Alto Comissariado de Direitos Humanos das Nações Unidas, contendo um conjunto de 105 recomendações a serem feitas ao governo brasileiro para monitorar e proteger os direitos humanos dos povos indígenas no país, organizado em seis temas principais: proteção dos direitos territoriais dos povos indígenas; proteção dos direitos à vida, dignidade e autonomia; proteção dos direitos sociais; proteção de lideranças indígenas como defensores de direitos humanos; proteção contra discriminação no uso de línguas e direito à saúde e educação; implementação do direito de consulta livre, prévia e informada.

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RCA participa de intercâmbio e comemorações dos 20 anos de Demarcação da TI Wajãpi

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Entre os dias 12 e 15 de agosto de 2016, um grupo de representantes das organizações indígenas da RCA participou, a convite do Conselho das Aldeias Wajãpi-Apina e do Iepé, do intercâmbio sobre processos e desafios atuais que envolvem a gestão ambiental e territorial em terras indígenas demarcadas e das comemorações dos 20 anos da Demarcação da Terra Indígena Wajãpi, homologada em 1996.  O evento aconteceu no Centro de Formação e Documentação Wajãpi e na aldeia Kwapo’ywyry, ambos localizados na Terra Indígena Wajãpi, município de Pedra Branca do Amapari, no estado do Amapá.

Além da presença dos representantes da RCA – do Alto Rio Negro/AM (Renato Matos Tukano/Diretor da FOIRN), Acre (Josias Pereira Kaxinawa/Presidente da AMAAIAC), Xingu/MT (Yakari Kuikuro Mehinaku/Presidente da ATIX) e TI Raposa Serra do Sol/RR (Ivaldo Andre Macuxi/Vice-coordenador do CIR), acompanhados da representante da secretaria executiva da RCA (Patricia Zuppi); participaram também representantes indígenas de diferentes localidades do Amapá – Oiapoque (Uaçá, Juminã, Galibi) e Parque Indígena do Tumucumaque. O grupo de convidados foi recebido na TI por um cerimonial Wajãpi com cantos e danças tradicionais. Em seguida, foram realizadas as apresentações iniciais e uma homenagem aos chefes Wajãpi de cada uma das regiões da terra indígena que participaram do seu processo da demarcação.

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RCA apoia a oficina “Direito de consulta aos Povos Indígenas e a aplicação da Convenção 169 no Brasil” no Acre

CPI Acre 2016A Comissão Pró-Índio do Acre CPI-Acre, em parceria com a Organização dos Professores Indígenas do Acre – OPIAC e a Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre – AMAAIAC, realizou de 11 a 15 de junho, com o apoio da RCA,  o 4º módulo da oficina “Direito de consulta aos Povos Indígenas e a aplicação da Convenção 169 no Brasil”, no Centro de Formação dos Povos da Floresta, em Rio Branco/AC. A discussão sobre o direito de Consulta Prévia, Livre e Informada, com base na Convenção OIT 169, assim como o apoio à elaboração de protocolos próprios de consulta e consentimento por parte dos povos indígenas é um dos eixos de atuação da RCA, que está apoiando também a Associação Terra Indígena Xingu – ATIX nos seminários em curso de pactuação do Protocolo de Consulta do Xingu. 

A oficina no Acre contou com a presença de 30 representantes indígenas de oito povos distintos, que discutiram sobre a situação atual dos direitos indígenas face às graves ameaças enfrentadas num contexto de descumprimento por parte do governo brasileiro em relação à consulta e ao consentimento desses povos sobre as ações que os afetam.

Rede de Cooperação Amazônica

A RCA tem como missão promover a cooperação e troca de conhecimentos, saberes, experiências e capacidades entre as organizações indígenas e indigenistas que a compõem, para fortalecer a autonomia e ampliar a sustentabilidade e bem estar dos povos indígenas no Brasil.